O equipamento será disponibilizado inicialmente em nove batalhões do estado do Rio de Janeiro
Por Samara Tibúrcio

O uso das câmeras de seguranças acopladas ao uniforme dos Policiais Militares do Rio de Janeiro foi oficializado após uma cerimônia com a presença do governador Cláudio Castro e do secretário de Polícia Militar, coronel Luiz Henrique Marinho Pires. O uso dos equipamentos pelos militares teve início nesta segunda-feira (30).
“O equipamento não vem para vigiar ninguém, não vem para punir ninguém. É um equipamento de proteção, de garantia da legalidade, para comprovar a excelência do serviço da PM no estado do Rio de Janeiro”, declarou o secretário durante a cerimônia.
Inicialmente os equipamentos serão disponibilizados em nove batalhões: Botafogo, Méier, São Cristóvão, Tijuca, Olaria, Ilha do Governador, Copacabana e Leblon e da 1ª Companhia Independente da Polícia Militar, sediada em Laranjeiras.
Como vai funcionar:
- As câmeras ficam presas em um totem onde as baterias são carregadas;
- O dispositivo é designado a um só agente, que precisa desbloqueá-lo com reconhecimento facial;
- O sistema reconhece o policial e solta a câmera, que já começa a gravar e a transmitir para o Centro de Comando e Controle;
- A autonomia do aparelho é de 12 horas;
- Por padrão, o aparelho grava em média resolução, e as imagens ficam armazenadas por 60 dias;
- Há a possibilidade, porém, de ativar o modo HD: nesse caso, as imagens são registradas em alta definição e ficam salvas em uma nuvem por até um ano;
- Tanto o policial em ação quanto o agente que estiver acompanhando do Centro podem acionar o HD;
- Os órgãos de controle como as corregedorias, a Defensoria e o Ministério Público, poderão pedir as imagens.
Segundo o governador, as câmeras irão ajudar a esclarecer dúvidas sobre possíveis erros dos agentes de segurança. Castro explicou ainda que o uso da câmera faz parte de um processo de evolução da Polícia Militar e que poderá esclarecer quando não é o policial que erra. “Quem dirá a curva de aprendizado e a hora de avançar é a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, e eu reitero a minha confiança da Polícia Militar.”
A princípio os equipamentos não serão disponibilizados para unidades operacionais e para a Polícia Civil, que fazem operações nas favelas. Sobre a operação da semana passada na Vila Cruzeiro, que terminou com 23 mortos o governador declarou.
“Foi uma operação conjunta com três forças: Polícia Militar, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal, demonstrando a integração que existe hoje entre as forças de segurança. Somente as armas apreendidas já demonstram a necessidade que se tinha de fazer aquela operação, que visava prender os líderes da facção criminosa mais perigosa do Rio de Janeiro”, afirmou.