Após não terem suas reivindicações atendidas, representantes das Forças de Segurança de Minas Gerais anunciam nova manifestação para a próxima quarta-feira (9).
Por Samara Tibúrcio

A primeira reunião entre sindicatos e entidades representativas das Forças de Segurança Pública de Minas Gerais e a Secretaria de Planejamento e Gestão, Luiza Barreto, ocorreu nesta quinta-feira (3) e terminou sem acordo. O encontro ocorreu após as Forças de Segurança do estado saírem em manifestação pela cidade e declararem estado de greve desde o dia 21 de fevereiro.
A Categoria está insatisfeita com o governo e não abre mão da recomposição salarial da inflação de 41% dos últimos sete anos. Entretanto, na reunião o governo relatou que não teria como atender essa reivindicação, e que um reajuste diferenciado para policiais violaria a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
O presidente da Associação dos Praças (Aspra), Marco Antônio Bahia, relatou a insatisfação com o desfecho da reunião e afirmou que uma nova manifestação irá ocorrer.
“A reunião foi muito frustrante. A gente sai daqui com a sensação que o governo não respeita a segurança pública. Evidentemente que nós temos uma manifestação no próximo dia 9 de março que está mantido. O governo não apresentou nada, absolutamente nada, além do que já foi falado”.
Em relação à recomposição salarial, Luiza afirma que o máximo que o governo do estado pode oferecer é os 10% que já foram anunciados, e que isso irá custar R$ 4,5 bilhões ao ano aos cofres estaduais. Para ela, qualquer novo reajuste irá ferir a Lei de Responsabilidade Fiscal.
“O Estado está acima do limite de pessoal da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Precisávamos esclarecer isso, demonstrar para as forças de segurança o que o governo pode fazer. O governo tem limitações legais e reais e precisamos respeitá-las neste momento” disse.