Segundo o governador Zema, o estado não dispõe de verba para bancar aumento superior aos 10%.
Por Samara Tibúrcio

Deputados aprovaram na tarde de ontem o projeto substitutivo com reajustes para os servidores do Poder Executivo. Contudo o governador Romeu Zema (Novo) afirmou que irá vetar o texto e que no momento o estado não dispõe de verba para bancar um reajuste superior a 10,06% a todos os servidores. Os servidores da segurança pública vem protestando desde o início do ano a favor do aumento.
Através de suas redes sociais o governador afirmou. “Como já disse antes, o reajuste de 10% para todos os servidores de Minas é o limite que a situação do Estado permite no momento. Qualquer valor acima será vetado, pois não temos como pagar. Entre ser responsável com o futuro ou voltar ao desequilíbrio do passado, sigo na primeira”.
Segundo a emenda aprovada por 50 votos a favor e nenhum contra, os servidores da saúde, educação e da segurança pública seriam beneficiados com reajustes extras. De acordo com o texto, profissionais da segurança pública e da saúde receberiam além dos 10% mais um aumento de 14% e profissionais de educação conseguiriam 33,24% de crescimento dos vencimentos mensais. O governador afirmou vetar qualquer reajuste superior a 10% e que o reajuste deve ser igual para todos.
O presidente da Assembleia, deputado Agostinho Patrus (PV), também utilizou suas redes sociais para comentar sobre o assunto e defender a aprovação do projeto.
“Ainda há tempo para honrar a palavra. Diferentemente do governo, a ALMG deu uma manifestação de maturidade para dialogar e buscar o entendimento. Com independência, aprovamos um reajuste justo para o funcionalismo. Saúde, educação e segurança pública não existem sem as pessoas”.
Já o secretário-geral do Estado, Mateus Simões (Novo) elogiou a postura do governador e anunciou que apoia a decisão em vetar o projeto.
“Responsabilidade. Essa é a única forma de garantir serviços públicos melhores e o pagamento em dia aos servidores. Demagogia, como a aprovação de reajuste adicional de 14% (além dos 10% propostos), é o caminho para o desastre em que Minas chegou em 2018. Vergonha dessa politicagem!”