Prefeitura de Itabira quer congelar o valor pago desde 2020 pelo usuário e ainda exige a ampliação no número de viagens por semana.
Por Samara Tibúrcio

Após o Conselho Municipal de Transporte e Trânsito (CMTT) aprovar o aumento na passagem de ônibus de R$ 4,40 (R$ 4,30 no cartão) para R$ 5,85 a prefeitura anunciou que vai enviar à Câmara de Vereadores um projeto de lei que autoriza o município a pagar parte do preço da passagem de ônibus.
A proposta da prefeitura é congelar o valor pago desde 2020 pelo usuário e conceder um subsídio a Transportes Cisne para cobrir o restante do valor. Será repassado um valor em torno de R$ 585 mil entre agosto de 2022 e fevereiro de 2023, quando termina o atual contrato com a operadora do transporte público.
“O cidadão não pode pagar essa conta do aumento de passagem. Sabemos como a realidade econômica está difícil depois da pandemia e o quanto um aumento poderia impactar no bolso do cidadão. Ou no bolso do empresário que fornece vale-transporte aos seus funcionários. Daí a determinação de conceder o subsídio ao usuário e impedir que ele pague mais quando cruzar a roleta do ônibus”. Declarou o prefeito Marco Antônio Lage.
Sem reajuste desde 2020 por conta dos efeitos da pandemia a concessionária alegou que esse processo causou dificuldade para a empresa e o reajuste é necessário, principalmente por conta dos constantes aumentos no preço dos combustíveis.
Após o aumento do valor a prefeitura exige que a concessionária amplie o número de viagens e que seja realizada pelo menos 765 por semana. As viagens em dias úteis seriam ampliadas em 16%; aos sábados, em 53%; e, aos domingos, em 77%.
A prefeitura também quer a informatização do serviço, inclusive com possibilidade de acompanhamento em tempo real dos dados pela Transita, que conseguirá monitorar a quilometragem, quantidade de passageiros e localização. Além do retorno do aplicativo para que o usuário acompanhe os horários e trajetos dos ônibus.