Sem previsão de retorno das atividades, passageiros utilizam a linha especial E019 como alternativa até o fim da greve.
Por Samara Tibúrcio

A greve dos metroviários de Belo Horizonte completa mais de uma semana nesta terça-feira (29) e segue prejudicando cerca de 70 mil usuários que utilizam o transporte em dias úteis. Sem avanço nas negociações, os metroviários não estão rodando nos horários de pico e seguem operando somente no horário das 10h às 17h.
Segundo o Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro-MG), a paralisação obteve uma adesão de mais de 95% dos trabalhadores que reivindicam a permanência de 1,6 mil servidores após a privatização da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) e um diálogo mais detalhado com o governo federal e a CBTU sobre o futuro do metrô na capital.
A falta de viagens nos horários de pico tem prejudicado passageiros, como relata o operador de máquinas Reginaldo José da Silva, de 44 anos.
“Está complicado, pois tenho que pegar ônibus na estação Eldorado, desço no Centro de Belo Horizonte, pego o Move e depois um outro coletivo para então chegar na minha casa. Nada disso aconteceria se o metrô estivesse rodando normal. Estou chegando muito atrasado no serviço”.
A alternativa encontrada para amenizar a situação dos usuários foi a criação da linha emergencial E019. Segundo o SINTRAM (Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros Metropolitano) a linha opera com 23 ônibus das 5h30 às 09h59, e das 17h01 às 23h59. O coletivo sai da estação Eldorado, em Contagem, na região Metropolitana, e tem como ponto final a região Central de Belo Horizonte.
O coletivo ficará em circulação enquanto a greve for mantida e segue fazendo o seguinte itinerário: Estação Eldorado, Av. Pres. Juscelino Kubitschek, Av. do Contorno, Av. dos Andradas, Rua dos Caetés, Rua da Bahia, Rua dos Tupinambás, Av. dos Andradas, Av. do Contorno, Av. Pres. Juscelino Kubitschek, Estação Eldorado.
A CBTU em nota criticou a não circulação dos trens nos horários de pico e afirmou que está estudando medidas judiciais para garantir a continuidade do serviço. Por enquanto a greve segue mantida e sem previsão de encerramento.