Os novos valores começam a valer a partir desta sexta-feira (11), mas a população denuncia aumento dos preços nos postos antes da validade do aumento.
Por Samara Tibúrcio

Após quase dois meses do último reajuste no preço do combustível, a Petrobras anunciou que a partir desta sexta-feira (11) os valores irão sofrer novo impacto. Segundo a informação, a mudança nos valores foi justificada pela disparada nos preços dos barris de petróleo por causa da guerra na Ucrânia.
O preço médio de venda da gasolina para as distribuidoras passará de R$ 3,25 para R$ 3,86 por litro, um aumento de 18,8%. Para o diesel, o preço médio passará de R$ 3,61 para R$ 4,51 por litro, uma alta de 24,9% e a novidade da vez é o aumento de 16,1% no preço do gás de cozinha, que custa em média R$ 102,64 atualmente.
É importante ressaltar que o valor final dos preços dos combustíveis nas bombas depende também de impostos e das margens de lucro de distribuidores e revendedores. De acordo com informações da ANP o preço médio da gasolina no país ficou em R$ 6,577 na última semana, já o do diesel fechou em R$ 5,603.
Ontem, após o anúncio da estatal informando que os novos valores entrariam em vigor somente nesta sexta-feira (11), vários postos de gasolina do país não cumpriram a determinação e aumentaram o valor já na quinta-feira (10).
Ao longo do dia, diversos motoristas foram para os postos na tentativa de abastecer antes que os preços ficassem ainda mais caros. Foram registrados vários estabelecimentos com fila por diferentes cidades e postos vendendo o litro da gasolina acima de R$ 7.
Sobre o aumento dos preços um dia antes do que foi anunciado o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor informou, “Não é ilegal, já que o preço do combustível é uma liberalidade do posto. Mas se o consumidor entender que o aumento é excessivo, visando prejudicar o consumidor, ele pode acionar o Procon da sua cidade para reclamar do posto e o órgão poderá averiguar se essa é uma prática abusiva”.