54 cães já morreram supostamente intoxicados por petiscos

Além de São Paulo, Minas e Distrito Federal, mais sete Estados já têm relatos de animais intoxicados por petiscos.

Por Samara Tibúrcio

Segundo investigações da Polícia Civil de Minas Gerais, o número de mortes de cães supostamente ligadas à contaminação de petiscos por monoetilenoglicol subiu para 54. Além de São Paulo, Minas e Distrito Federal, mais sete Estados já têm relatos de animais intoxicados. 

Em Minas Gerais, segundo nota enviada pela assessoria de comunicação da Polícia Civil, são 28 casos de mortes e internações registradas. Do total, são 18 óbitos, sendo 12 mortes em Belo Horizonte, um em Piumhi, no Centro-Oeste, e mais dois em Uberlândia, no Triângulo Mineiro.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) identificou irregularidades envolvendo uma das fornecedoras de matéria-prima para a Bassar Pet Food, rede de produtos para animais, e mandou suspender o uso de parte dos ingredientes fabricados por essa empresa. 

Exames de necropsia realizados pela Escola de Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) apontaram a existência de etilenoglicol no organismo dos cães mortos. Perícia da Polícia Civil feita em petiscos também atestou a presença da substância no alimento.

A determinação do Ministério da Agricultura é de que as empresas registradas junto ao Mapa suspendam imediatamente o uso em suas linhas de produção de dois lotes da matéria-prima propilenoglicol adquiridos da empresa Tecno Clean Industrial Ltda. 

Ainda de acordo com o ministério, as empresas fabricantes de produtos para alimentação animal registradas no Mapa também devem identificar os produtos fabricados com o uso dessas matérias-primas e, caso encontrem, devem fazer o recolhimento no comércio atacadista e varejista.

A princípio, a investigação identificou a contaminação em dois lotes de propilenoglicol — AD5053C22 e AD4055C21, ambos vendidos pela fornecedora de matéria-prima Tecnoclean Industrial, com sede em Contagem. A empresa alega atuar apenas como revendedora da substância.

Mineira de Belo Horizonte, tenho 27 anos e formada em Comunicação Social (Jornalismo). Possui alguns trabalhos realizados nas agências de comunicação da Universidade Newton Paiva e artigo científico publicado.
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